Em O Banquete, de Platão, Sócrates diz que o “erro surge por se considerar que o amor é aquilo que se ama e não aquilo que ama”.
Não cometer o erro significará, então, dizermos que o amor tem mais a ver com a forma como amamos do que com a pessoa que amamos.
Deve ser por isso que Barthes, nos seus Fragmentos, diz que “é o amor que o sujeito ama, não o objecto”.
Se não é a pessoa que amamos mas o nosso estado de enamoramento, porque razão desejo aquela pessoa e não outra?
Amamos quem queríamos ser, quem nos é útil ou quem nos satisfaz?
Max Stirner responderia:
“O amor do egoísta brota do seu interesse pessoal, corre para o leito do interesse pessoal e desagua de novo no interesse pessoal.” Em O Único e a sua propriedade.