Vamos ao circo, meu amor.

"Heikal, porém, não era um ocioso; na verdade andava regularmente ocupado a desmontar o lado burlesco das acções humanas. Este mundo bobo agradava-lhe. Teria até sido muito infeliz apreendendo a mais ínfima parte da razoabilidade no que via ou ouvia em seu redor. Às vezes, ao ler uma notícia mais ou menos sensata, ficava logo enfadado. O permanente espectáculo da estúpida loucura dos homens deliciava-o; sentia-se como uma criança no circo, encarando assim a existência como uma coisa muitíssimo divertida."

Albert Cossery, in A violência e o escárnio.