Para encontrar um sentido de vida, que nos faça esquecer a nossa mortalidade e nos abstraia das misérias do quotidiano, podemos escolher estas vias.
A via da contemplação, que é o mesmo que dizer estudar e estudar-se. Trabalhar o espírito. Reflectir, tentar descobrir a verdade e aprofundar o pensamento abstracto. Pensar no ser enquanto ser.
“O otium permite-nos fazer um exame de consciência, estudar, entregar-nos a diversos exercícios espirituais, praticar a virtude, e também aproveitar o tempo disponível. (…) um período de reconstrução de si mesmo e da sua conexão com o mundo.” Séneca, em Da Brevidade da vida.
A via da acção, que se traduz no envolvimento activo numa causa, que pode ser a liberdade, a humanidade, a igualdade, a justiça, a luta contra a fome, contra o racismo, entre outras.
“Toda a espécie de envolvimento activo nos assuntos deste mundo.” Hannah Arendt, em A Condição humana.
E a via da distração e da transgressão: a da ardência, da embriaguez, da desordem, da diversão, da boémia, do excesso. A de andar a passear, à deriva.
"Para o perfeito Flâneur, para o observador apaixonado, é um imenso júbilo fixar residência no numeroso, no ondulante, no movimento, no fugidio e no infinito. Estar fora de casa, e contudo sentir-se em casa onde quer que se encontre; ver o mundo, estar no centro do mundo e permanecer oculto no mundo, eis alguns dos pequenos prazeres desses espíritos independentes, apaixonados, imparciais, que a linguagem não pode definir senão toscamente." Baudelaire, em O pintor da vida moderna.
A paixão empilha-os todos. É uma ideia, uma causa, que nos impele a contemplar, agir, cooperar, arder e andar à deriva. Absorve todos os sentidos, a vida toda.
Ou, como diria Musil,
“A paixão é o estado no qual todos os sentimentos e ideias se encontram no mesmo espírito.”, em O homem sem qualidades.
Deve ser por isso que o amor é “o objectivo último de quase todas as aspirações humanas”, nas palavras de Schopenhauer.
E será também por isso que dá origem aos maiores sofrimentos.
Quando termina um amor, não é a pessoa que se perde. É o sentido da nossa existência.
A via da contemplação, que é o mesmo que dizer estudar e estudar-se. Trabalhar o espírito. Reflectir, tentar descobrir a verdade e aprofundar o pensamento abstracto. Pensar no ser enquanto ser.
“O otium permite-nos fazer um exame de consciência, estudar, entregar-nos a diversos exercícios espirituais, praticar a virtude, e também aproveitar o tempo disponível. (…) um período de reconstrução de si mesmo e da sua conexão com o mundo.” Séneca, em Da Brevidade da vida.
A via da acção, que se traduz no envolvimento activo numa causa, que pode ser a liberdade, a humanidade, a igualdade, a justiça, a luta contra a fome, contra o racismo, entre outras.
“Toda a espécie de envolvimento activo nos assuntos deste mundo.” Hannah Arendt, em A Condição humana.
E a via da distração e da transgressão: a da ardência, da embriaguez, da desordem, da diversão, da boémia, do excesso. A de andar a passear, à deriva.
"Para o perfeito Flâneur, para o observador apaixonado, é um imenso júbilo fixar residência no numeroso, no ondulante, no movimento, no fugidio e no infinito. Estar fora de casa, e contudo sentir-se em casa onde quer que se encontre; ver o mundo, estar no centro do mundo e permanecer oculto no mundo, eis alguns dos pequenos prazeres desses espíritos independentes, apaixonados, imparciais, que a linguagem não pode definir senão toscamente." Baudelaire, em O pintor da vida moderna.
A paixão empilha-os todos. É uma ideia, uma causa, que nos impele a contemplar, agir, cooperar, arder e andar à deriva. Absorve todos os sentidos, a vida toda.
Ou, como diria Musil,
“A paixão é o estado no qual todos os sentimentos e ideias se encontram no mesmo espírito.”, em O homem sem qualidades.
Deve ser por isso que o amor é “o objectivo último de quase todas as aspirações humanas”, nas palavras de Schopenhauer.
E será também por isso que dá origem aos maiores sofrimentos.
Quando termina um amor, não é a pessoa que se perde. É o sentido da nossa existência.