Eu é que agradeço.

Os E.U.A querem levar a democracia ao médio oriente.

As Nações Unidas querem acabar com a fome em África.

A igreja quer trazer paz ao mundo.

O governo português quer diminuir o desemprego.

Os maridos querem melhorar a vida das esposas.

Os patrões querem melhorar as condições dos trabalhadores.

Os trabalhadores querem aumentar a produção da empresa.

Os jornais querem informar os leitores.

Os portugueses querem a liberdade dos gregos.

O sistema prisional quer acabar com as injustiças.

O apaixonado só quer o bem da sua amada.

Todos têm uma ideia muito nobre para embelezar a causa de si próprios.

“Se deixarmos por algum tempo valer o princípio do desinteresse, teremos de perguntar: não queres interessar-te por nada, entusiasmar-te – por exemplo, pela liberdade, a humanidade, etc.? Claro que sim, mas isso não é interesse egoísta, não significa ser-se interesseiro, mas um interesse humano, isto é, teórico, um interesse não por um indivíduo ou pelos indivíduos (“todos”), mas pela ideia, pelo homem! E não percebes que também te entusiasmas apenas com a tua ideia, a tua ideia de liberdade?” Max Stirner, em O único e a sua propriedade.