Inimigos.

Os meus inimigos sãos os poderes. Não as pessoas que o detêm, essas é importante escarnecer, mas nas formas que eles assumem no interior de nós próprios. Por isso é que, para mim, a desconstrução e a desobediência são as únicas formas de os destruir.
As histórias de quem detém o poder não me interessam. Um diz isto, o outro diz aquilo, e cada vez se percebe menos. Confusos, sentimo-nos cada vez mais impotentes na transformação das nossas vidas.
É a palavra "suas" que faz aqui toda a diferença. Não interessa andarmos preocupados com o que os outros andam a fazer. Só podemos mudar-nos a nós e aquilo a que temos acesso. Se podermos ajudar o outro, e ele quiser ou pedir ajuda, fá-lo-emos. Mas, falar, com muita emoção, sobre o que não conhecemos ou sobre coisas às quais não temos acesso, ou são desculpas para a colonização ou é desinformação. É telenovela.