“Todos os que parecem suspeitos, hostis e perigosos para a boa burguesia”, disse Stirner, “podem ser reunidos sob o nome de “vagabundos”; todas as formas de vida vagabundas desagradam a burguesia. E também há vagabundos intelectuais, para quem a morada hereditária dos seus pais parece demasiado apertada e opressiva para que eles se possam contentar com o seu espaço restrito e, assim, procuram mais espaço e luz noutro sítio. Em vez de permanecerem enrolados na caverna da família, mexendo as cinzas da opinião moderada, em vez de aceitarem o que tem dado conforto e alívio para milhares de gerações como verdade irrefutável, ultrapassam todos os limites da tradição e correm selvagens com a sua crítica imprudente e com a sua indomável mania da dúvida. Esses vagabundos extravagantes formam a classe do instável, do inquieto, do volátil; e quando saem para dar voz à suas naturezas incertas, são chamados de indisciplinados, impetuosos, fanáticos..."
Renzo Novatore, parafraseando poeticamente Stirner.